sábado, 4 de agosto de 2012

O radical em zigue e zague


A modalidade slalom é aplicada em vários esportes. Seja na modalidade esqui, patins, bike, hóquei, skate, hipismo ou qualquer outra que permita movimentação rápida. Para todas as variações a prática é a mesma e consiste em desviar de cones previamente posicionados fazendo manobras diferentes e bem rápidas.
No caso dos patins, é preciso um modelo diferente daqueles que nos tínhamos quando crianças. Os patins devem ser ágeis para facilitar na hora dos dribles entre os cones e confortáveis para dança sobre patins. Essa é a parte mais esperada uma vez que o atleta pode fazer o famoso Freestyle, ou seja, estilo livre. Quem já conhece o patins para fitness, não vê muita diferença entre os modelos, mas elas existem e fazem a disputa ficar com um novo ar.

As diversidades entre os modelos estão nas bases que são mais reforçadas e mais curtas e no fato de eles não possuírem freios no calcanhar. Sim, eles não fabricam esse tipo de patins com a única parte que dava segurança na hora de ficar em pé sobre quatro rodinhas.
A falta de freio faz com que o patinador seja obrigado a parar de outras formas. No início é normal cair e por este motivo os equipamentos, tais como: capacete, joelheira e proteção para os cotovelos são fundamentais para evitar alguns roxos. Esse tipo de patins é projetado para suportar movimentação lateral brusca, principalmente na hora do estilo livre, sem que o pé perca apoio.

Em Curitiba, o grupo “Curitiba Slalom Club” reúne-se todos os finais de semana no parque Barigui para treinar e ensinar a prática do slalom. Como se fosse uma brincadeira os integrantes do clube vão passando pelos obstáculos rapidamente e cada um de uma forma diferente, mostrando as diversidades de movimentos.
Não é preciso inscrição para fazer parte desta equipe e iniciantes são sempre aceitos. Deve estar se perguntando: Como posso participar? E a resposta para isso é simples: goste de diversão e desafios. Tenha um patins, pegue confiança no esporte e se curtir, compre o patins próprio de slalom e corra para novos desafios.

Aos interessados, o grupo tem uma página no facebook, acessem e divirtam-se.


Tem um grupo, dupla ou pratica sozinho? Compartilhe conosco suas experiências. Estamos buscando outros grupos para organizar uma gincana curitibana.

Por: Renata M. Alves

Os sem pátria


Já não é a primeira vez que atletas sem nacionalidade reconhecida participam das olimpíadas. A primeira vez que isso ocorreu foi em 1992 quando esportistas da ex-Iugoslávia e da Macedônia, conquistaram três medalhas nos jogos olímpicos de verão em Barcelona.
O segundo episódio aconteceu nas olimpíadas de Sydney em 2000. Quatro atletas do Timor Leste foram destaque durante o desfile por percorrerem o trajeto portando a bandeira olímpica.

Após 12 anos, os sem pátria voltaram a marcar presença. Desta vez, os protagonistas são Philipine van Aanholt, atleta da vela, e o judoca Reginald de Windt. Ambos pertenciam às Antilhas Holandesas (país que desapareceu após ser anexado pela metrópole europeia em 2010). Antes de desaparecer do mapa, as Antilhas Holandesas contavam com seu próprio comitê olímpico, e por este motivo, reconhecido pelo Comitê olímpico internacional, o COI.
O maratonista Guor Marial, do Sudão do Sul, assim como os dois atletas das Antilhas Holandesas, desfilou com a bandeira olímpica. Mas para o corredor, o problema foi maior. O reconhecimento de pátria foi mais complicado devido ao Sudão do Sul ter conquistado sua independência a apenas 1ano, o esportista não ter passaporte e nem um comitê olímpico.

Com o quadro apresentado, o Comitê Olímpico Internacional (COI) não permite que o atleta participe dos jogos. Para que eles conseguissem marcar presença nas olimpíadas de Londres, as manobras tiveram de ser grandes. Somente após muita luta em especial do africano Guor Marial, permitiram que os esportistas fizessem parte do seleto grupo olímpico.
Os jogos começaram e alguns olhares certamente vão se voltar para esses homens que mesmo antes de competirem já estavam mostrando bravura e vontade de vencer. A primeira etapa foi conquistada, eles provaram que não é uma bandeira que determina a eliminação preliminar de um atleta. Agora é esperar para que eles coloquem medalhas no peito e provem que a luta valeu a pena.

Por: Renata M. Alves

Fonte: Terra, Globo esporte, R7

A nobreza de um clube e a recuperação de um ser humano

O caso já foi amplamente explorado na mídia paranaense, mas ainda vale o registro. O goleiro Rodolfo, do Atlético-PR, foi flagrado no exame antidoping por uso de cocaína, após a derrota por 2 a 0 para o CRB, no último dia 09 de junho, quando o atleta ainda era titular da equipe rubro-negra.

Ainda no mês de agosto, Rodolfo será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e certamente será punido. Resta saber qual será a pena imposta pelo tribunal ao jogador, podendo chegar até a dois anos afastado dos gramados. O advogado do Atlético, dr. Domingos Moro, já afirmou: não esperem milagre, porque é impossível que o goleiro escape de uma suspensão.

Não nos cabe agora agir como os auditores do STJD e especular quanto tempo de punição virá para o atleta, mas sim exaltar a atitude nobre da diretoria do Atlético, que está dando todo suporte e auxílio para a recuperação de Rodolfo, que em um pronunciamento oficial, admitiu ser dependente químico, pediu ajuda ao clube e recebeu todo respaldo possível.

Rodolfo tem apenas 21 anos e dois filhos para criar. Admitiu ser usuário de drogas há um tempo, mas agora vai passar alguns meses internado em uma clínica de reabilitação para se tratar desse problema e retomar sua vida. O jogador quer se recuperar e terá todas as condições necessárias para sair dessa. Agora só depende dele, da sua própria força de vontade.

O Atlético vai manter o contrato com o jogador, porém, o salário dele será repassado a um tutor, que vai administrar o dinheiro enquanto Rodolfo estiver internado. Além disso, o clube vai continuar disponibilizando o CT do Caju para que o goleiro treine normalmente. Em regime fechado na clínica de reabilitação, ele só deixará o local para praticar as atividades com os profissionais do Rubro-Negro e manter a forma física.

Essa postura do Atlético é algo inédito no futebol brasileiro. Poucos são os clubes que, diante de um caso de doping por droga social, resolvem ajudar o atleta, e mais do que isso, auxiliar um ser humano a se recuperar de uma doença, um problema sério, que não só destrói uma carreira promissora, como também a vida de uma família inteira.

Ponto para o Atlético, que colocou a vida de um jovem rapaz acima de qualquer prejuízo financeiro com o tempo que Rodolfo ficará afastado do time rubro-negro. Que esse caso sirva de exemplo para outros clubes e que o goleiro do Furacão possa se recuperar e seguir sua vida longe das drogas, voltando a jogar futebol e trilhando um bonito caminho em sua carreira. Que assim seja!

Por Tabata Viapiana

Carta de despedida ao maior atleta de todos os tempos

O norte-americano Michael Phelps entrou definitivamente para a história do esporte mundial nas Olimpíadas de Londres. Ao todo, ele já levou cinco medalhas para casa, se tornando o maior medalhista da história dos Jogos Olímpicos, ultrapassando a ginasta soviética Larissa Latynina, que ganhou 18 medalhas, contra 21 de Phelps.

Aos 27 anos, o nadador chegou a Londres com 16 medalhas conquistadas nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, e nos Jogos de Pequim, em 2008. Em Londres, o recorde veio após vitórias nas seguintes provas: revezamento 4x100m livre; 200m borboleta; e revezamento 4x200m livre. Porém, ele não parou por aí e subiu no pódio também nos 200m medley e nos 100m borboleta.



Londres, no entanto, é a última competição da carreira do atleta, que cansado dos treinos e a fim de parar no auge, vai se aposentar das piscinas assim que retornar aos Estados Unidos. Phelps, porém, volta para seu país de origem com o rótulo de maior atleta dos mais de 100 anos de Jogos Olímpicos no formato que conhecemos hoje.

Das 21 medalhas, 17 são de ouro, duas de prata e duas de bronze. Em 2008, nos Jogos de Pequim, Phelps subiu no ponto mais alto do pódio nada mais, nada menos que oito vezes. Um feito enorme que só prova o quão incrível é o nadador. Nem mesmo as acusações de que é usuário de maconha tiraram o brilho do atleta, conhecido como o “rei das piscinas”.

Ao longo de sua vitoriosa carreira, Phelps acumulou recordes e conquistas em diversos torneios. Muitos acreditam que ele ainda não pode ser considerado o maior atleta da história, mas seu impressionante desempenho em Olimpíadas (superior a de muitos países com delegações imensas) não pode e não deve ser menosprezado.

Phelps é sim o maior nadador que já passou pelas piscinas desse planeta. E não, isso não é exagero. Sua incrível habilidade em provas diversas, somado ao grande número de medalhas, não nos deixa mentir. É a história sendo escrita diante dos olhos de quem teve o prazer de ver o norte-americano em cena. Ao final da competição de Londres, ficam as imagens e as lembranças de um atleta vitorioso, o maior dos jogos Olímpicos.

Quando os gregos criaram as Olimpíadas, ainda na época antes de Cristo, duvido que um dia eles sonhariam com a grandeza de um Michael Phelps. Obrigada por tudo, Phelps, por engrandecer o esporte e torná-lo algo ainda mais prazeroso aos nossos olhos. E que venham muitos outros “Michael Phelps” para aumentar a nossa paixão. Palmas para Phelps, o maior atleta de todos os tempos.

Por Tabata Viapiana